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Macapá, Amapá, Brazil
Alguém que descobriu que é amada incondicionalmente por Deus, e que nada pode me separar do Seu Amor! Alguém que rindo ou chorando quer continuar caminhando com Jesus na estrada que vai dar rumo ao Céu, e que não se importa de ser chamada de lunática, visionária, fanática etc por Segui-lo. Amém.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O RIO AMAZONAS – 08/12/1999


Quem não conhece o Rio Amazonas precisa um dia conhecer! Ele é lindo, caudaloso, com suas águas ora barrentas, ora transparentes ao longo de seu curso! Mas poucos sabem com que fúria ele fica quando se agita! Apenas quem se arrisca a navegá-lo, a desbravá-lo, a tirar dele o seu meio de vida! Meus antepassados todos conheceram, eu o conheço, os caboclos, aqueles que a sociedade 90% por cento rejeita, o conhecem!
Eu praticamente nasci tomando banho às margens desse imenso Rio-mar!Nas fazendas de minha família ele sempre está em alguma extensão de seus braços! Em frente da nossa cidade de Macapá, que fica localizada a sua margem esquerda, ele se faz imponente, atraí milhares de turistas, de crianças, de pessoas que não estão acostumadas a tomarem banho nas suas águas barrentas que a pororoca faz lá próximo ao Oceano Atlântico e chega nestas condições até nós!
Quando é tempo de lua cheia, especialmente no mês de março, sua imponência se mostra ímpar, pois suas águas crescem muito e quase nem se avista direito a outra margem do rio, parece que fica muito longe!
Os turistas e as “dondocas da sociedade” tiram fotos, fazem poses em frente a ele, ás vezes até tomam banho, mas logo correm a passar nos corpos o melhor hidratante para não enrugar a pele ou maltratá-la! Quanta futilidade! Não conseguem perceber o valor que ele tem! Só olham a aparência! A essência?! Bom, nem mais sabem o significado da palavra, quanto mais do Rio!Misericórdia Senhor! Misericórdia por nossas futilidades e indiferenças!

O CENÁRIO:

Assim o Rio Amazonas se torna o cenário principal da história da minha família:
Como a maré estava secando, boa parte do rio estava com suas margens já de fora. Então descemos as escadas da beira rio, já no final da orla do bairro Perpétuo Socorro e saímos a procurar em baixo de paus que são trazidos pelas águas e embaixo das árvores. Andávamos pela praia que se forma quando as água baixam, de terço nas mãos, rezando sem parar a Nossa Senhora para que ela nos mostrasse onde estava o meu pai vivo, ou o seu corpo. Era humanamente impossível que ele estivesse vivo! Não podíamos perder as esperanças.
Eram por volta das 08h00min quando começamos nossas buscas. Cada esconderijo do rio era verificado nos mínimos detalhes, pois não podíamos deixar nada passar em branco. Mas nada! Não tínhamos sinal nenhum! Era frustrante e ao mesmo tempo lá no íntimo de cada um de nós, nascia à esperança novamente!
Andamos por mais de seis horas e resolvemos voltar para a cidade, logo a maré encheria e poderíamos ficar ilhados em algum ponto da praia.
Já pela parte da tarde, não havia mais o que fazer por nossa equipe. Agora era esperar os grupos de amigos, de parentes e do corpo de bombeiros para ver se tinham notícias melhores que as nossa. A maré estava cheia novamente e só o resgate agora é que poderia continuar com as buscas.
O terço continuava a ser feito com Nossa Senhora. Eu tive uma visualização que nossa Mãe Maria, segurava em suas mãos um grande coração em uma redoma de vidro e a Lindalva confirmava dizendo que aquele coração era o de Jesus que sustentava a todos nós em seu Sacratíssimo coração!Que estávamos todos sendo protegidos e amparados por Jesus!
Ninguém arredou o pé da nossa casa, e mais gente iam chegando! Muitos curiosos, os meios de comunicação, todos queriam saber o desfecho da nossa triste história.
Anoiteceu! O Pe. Paulo Roberto marcou uma celebração em casa para as 18h00min e um Ofício para Nossa Senhora, e pediu a ela que nos mostrasse ou trouxesse o corpo do meu pai para ser dignamente velado e enterrado, como cristão que era.

PRIMEIROS SINAIS:

Após a celebração, vieram dois pescadores nos avisar que tinham encontrado cordas, carote de óleo e remo boiando nas águas, e que teriam sido lançadas ao meu pai quando ele caiu no rio! Ficamos esperançosos de novo, pelo menos agora os sinais estavam sendo visíveis. Iríamos encontrá-lo com a intercessão de Nossa Senhora, disso eu não tinha dúvida nenhuma!
Meus irmãos de caminhada, amigos e alguns parentes mais chegados passaram a noite conosco. Doparam-me para eu descansar um pouco, mas não queria dormir, queria ficar lúcida! Tinha alguém que me sustentava: O Espírito Santo, não precisava de remédios!
Minha mãe não conseguiu descansar, nem minha avó Carmosina e minha tia Elza que vieram de Belém representando a família de minha mãe. Ninguém conseguiu descansar! Passamos a noite! Como estávamos sob efeito de medicação, nosso sono era de cochilo. Eu acordava sobressaltada e gritando! Mas Deus colocou muitos anjos ao meu lado e de toda a minha família! Muito obrigada Senhor!

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